Por iniciativa do padre Amaro Teixeira Brasil, e em petição de 25 de Outubro de 1704 temos conhecimento do processo de adjudicação da primeira igreja da Urzelina. Nesse mesmo documento toma-se conhecimento de que até então as celebrações eram efectuadas em casa de “extrema pobreza”. Na data atrás referido ocorre o primeiro pregão para adjudicação da obra. Acabaria por ficar encarregado dela quer para os trabalhos de pedreiro como de carpinteiro, Bartolomeu Luís.
Em 1 de Maio de 1808, ocorre a erupção vulcânica que ficaria para a história com a denominação de Vulcão da Urzelina. Esta erupção revestiu-se de características muito peculiares, nunca observadas em tempos modernos uma vez que se revestia dos moldes da de Pompeia.
A corrente de lava arrastou o corpo da igreja, que era voltada a poente. Só restou a torre e parte da fachada, ficando como marco histórico deste terrível acontecimento. Quase de imediato transformou-se no ex-líbris da freguesia, e todo e qualquer forasteiro que por lá passava não deixava de a visitar.
Em 1866, a Junta da Paróquia decide demoli-la para venda da sua pedra, tendo sido consignou em orçamento, que viria a ser eliminada pelo chefe do distrito em consequência de deferimento a uma reclamação do então administrador do concelho, dr. José Soares Teixeira de Sousa, que se opunha tenazmente à sua demolição por considerar que a mesma era um marco histórico para a posteridade.
Na década de 80 do passado século a Junta de Freguesia com autorização da família Noronha, criou um acesso directo a partir da estrada, para a mesma, quando também procedeu a obras de restauro e consolidação da mesma. Hoje é paragem obrigatória de todos os turistas que pela freguesia passam sobretudo que a partir do 2º centenário da erupção foi implantado na berma da estrada sobranceira á dita, um monumento alusivo de concepção do conhecido artista plástico Seixas Peixoto.